Home / Memórias póstumas de Brás Cubas
Neste livro, Machado de Assis (1839-1905) descreve a vida de Brás Cubas, que, como todos os membros da sociedade patriarcal brasileira da época, é marcada por privilégios e caprichos patrocinados por seus pais. A história é narrada por um escritor falecido. Brás Cubas é apresentado como um homem supostamente melhor que todos, a fim de provar o contrário, ou seja, quanto a condição humana seria frágil e precária. Na escola, ele era amigo de Quincas Borbas, que defende o humanitismo, uma mistura entre a teoria Darwinista e "Borbism": "Aos vencedores, as batatas", o que significa que só os fortes sobreviverão e se encontram. Durante sua juventude, Brás Cubas se apaixona por uma cortesã (ou prostituta de luxo) chamado Marcela, a quem Brás Cubas dedicada a famosa frase: "Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis". Brás Cubas gasta enorme recursos da família com todos os tipos de frivolidades. Seu pai toma a resolução mais comum para as classes ricas da época: enviar o filho para estudar direito na Europa para garantir um diploma de bacharel em Coimbra. Enquanto isso, Brás Cubas vai infeliz para a universidade. Marcela não dizer adeus a ele, e a viagem começa triste e lúgubre. Em Coimbra, a vida não muda muito. Com um diploma na mão e incapacidade total para o trabalho, Brás Cubas retorna ao Brasil e segue sua existência parasitária, gozando dos privilégios do filho bem-nascido no país. Ele tem o seu segundo e mais duradouro amor com Virgília, parente de um ministro do tribunal, aos olhos do pai de Brás Cubas este casamento lhe daria um futuro político. Contudo, Virgília acaba casando com Lobo Neves. A família de Cubas, apesar de rica, não tinha tradição, porque eles construíram uma fortuna na fabricação de tanques, vasos, a maneira burguesa. Isso não era louvável no mundo das aparências sociais. Assim, a sua entrada na política era vista como uma forma de ascensão social, uma espécie de título de nobreza que ainda lhes faltava.